Cinema Paradiso, do diretor Giuseppe Tornatore, levou-me a uma viagem no tempo. Lembrei-me da minha pequena cidade, onde a maioria dos habitantes era descendente de italianos e onde tínhamos, como único divertimento nas tardes de domingo, o cinema. Várias cenas no Cinema Paradiso eram exatamente como nós fazíamos em Urussanga, como bater os pés quando o mocinho cavalgava atrás do bandido, dizer xôoo para o condor da Paramount, ou, ainda, deixarmos o lugar ao nosso lado reservado para o namoradinho, que só sentava quando as luzes se apagavam. Lembro-me muito bem que, com o dinheiro que meu pai me dava, eu conseguia comprar o ingresso, um sorvete de pêssego e um chiclete Ploc.
Cinema Paradiso, um filme para a vida!
Tudo ali era mágico. Agora, é uma alegria enorme saber que vivi um tempo muito feliz e que, hoje, só me traz boas lembranças. Assim como minhas lembranças, é Cinema Paradiso, pura magia, com uma fotografia impecável e um humor escrachado. Ganhador do Oscar de melhor filme estrangeiro em 1990, possui uma trilha sonora maravilhosa, feita por Ennio Morricone, ganhador do Oscar (2016) de melhor trilha sonora com o filme Os Oito Odiados, do Tarantino.
Sinopse:
Salvatore Di Vita é um cineasta bem-sucedido que vive em Roma. Um dia ele recebe um telefonema de sua mãe avisando que Alfredo está morto. A menção deste nome traz lembranças de sua infância e, principalmente, do Cinema Paradiso, para onde Salvatore, então chamado de Totó, fugia sempre que podia, depois que terminava a missa (ele era coroinha). No começo, ele costumava espreitar as projeções através das cortinas do cinema, que o padre via primeiro para censurar as imagens que possuíam beijos, e fazia companhia a Alfredo, o projecionista. Foi ali que Totó aprendeu a amar o cinema. Após um caso de amor frustrado com Elena, a filha do banqueiro da cidade, Totó deixa a cidade e vai para Roma, retornando somente trinta anos depois.
Prêmios:
- Oscar – Melhor filme estrangeiro (1990)
- Globo de Ouro – Melhor filme estrangeiro (1990)
- Festival de Cannes – Recebeu o Grande Prêmio do Júri (1989)
- Prêmio César – Melhor filme estrangeiro e prêmio de Melhor Poster (1990)
- Academia Japonesa de Cinema – Melhor filme estrangeiro (1991)
- Prêmio David di Donatello – categoria de Melhor música (1989)
- BAFTA – Venceu nas categorias de Melhor ator (Philippe Noiret), Melhor ator coadjuvante (Salvatore Cascio), Melhor filme em língua não inglesa, Melhor trilha sonora original e Melhor roteiro original. (1991)
Parece muito bom mesmo… Tem na Netflix?
Acho que tem sim…bjsss