Este post de doce de mamão verde foi o que mais me diverti para fazer. No final, eu conto o porquê.
Minha mãe sempre fazia este doce de mamão verde. Na época, eu não gostava e, por isso, nem comia. Lembro de um episódio que ela enrolou para fazer docinhos, mas a bolinha ficou muito grande, e meu pai disse para nós, sem ela perceber: “Se cair na cabeça de alguém, isso mata”.
Num desses dias, uma amiga falou desse doce de mamão verde que minha mãe fazia, num grupo de WhatsApp do Colégio Madre Tereza Michel, de Criciúma, onde estudei nos anos 70 (vocês estão terminantemente proibidos de fazer cálculo!).
Voltando ao assunto…Como eu não gostava desse doce, nunca perguntei a minha mãe como se fazia. Então, lá fui eu à procura da receita do doce de mamão verde na internet. Espera aí.. para tudo! Onde eu vou encontrar mamão verde nesta cidade? Triste, eu desisti de procurar a receita.
INGREDIENTES
- 2 mamões grandes + ou – 2 kg antes de limpar (Tem de ser bem verdes)
- 1 kg de açúcar cristal
- 10 unidades de cravos-da-índia
- Potes de vidro esterilizados
MODO DE FAZER
- ave bem os mamões.
- Corte cada um em 4 pedaços, no sentido longitudinal.
- Tire as sementes com a ajuda de uma faca.
- Raspe a casca com um descascador de batatas.
- Rale cada pedaço com um ralador grosso.
- Lave, em uma peneira, o mamão ralado para tirar o leite que ele solta.
- Coloque em uma bacia cheia de água e deixe descansar por 4 horas ou de um dia para o outro na geladeira.
- Depois disso, escorra a água e coloque em uma panela, junte o açúcar e os cravos e cozinhe por uns 20 minutos. Desligue.
- Ainda quente, coloque em vidros esterilizados, tampe bem e vire o vidro de cabeça para baixo, para o calor fazer mais pressão na tampa.
- Deixe esfriar bem e coloque na geladeira. Dura até 3 meses com o vidro fechado. Aberto, consuma em uma semana.
VÍDEO
Agora vem a parte engraçada que eu falei lá no início
Minha filha e eu fomos na costureira em uma cidade perto de Florianópolis. quando vimos, em frente à casa da costureira, um terreno completamente abandonado, cheio de mato, com dois pés carregados de mamão verde. Nem pensei e disse: “Pula o muro e pega dois mamões para eu fazer um doce, minha filha”.
Quando nós já estávamos saindo, gritou uma senhora de uma casa perto: “Este terreno tem dono”. Só que nós já tínhamos arrancado o mamão, não havia mais o que fazer, pedi desculpas gentilmente e falei que achávamos que o terreno estava abandonado.
Até aí tudo bem…quando estávamos entrando no carro, veio outra senhora idosa, devia ser a mãe da primeira, gritando, ou melhor, esbravejando. Eu e minha filha corremos assustadas e entramos no carro rindo da nossa travessura, com sentimento de culpa, de quem fez coisa errada, mas com gosto de infância.
Quem nunca roubou uma fruta do terreno do vizinho quando criança, não é mesmo? Aqui eu conto outra façanha de quando eu era criança. (Será que sou cleptomaníaca?)
Depois descobrimos que o terreno não era delas e que, realmente, aquele terreno estava abandonado.