Está na moda? Uma pergunta que transcende as roupas

  • Categoria do post:Opinião
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  • Última modificação do post:22/10/2024
  • Comentários do post:6 comentários

A pergunta “está na moda?” pode parecer simples, mas, na verdade, esconde uma complexidade de significados e implicações.

Está na moda? Uma pergunta que transcende as roupas

Vou desconstruir essa pergunta e explorar suas diversas facetas!

Quando falamos em moda, não estamos nos referindo apenas a roupas. A moda é um fenômeno cultural que se manifesta em diversos aspectos da vida, como a maneira como as pessoas se comportam, se alimentam, viajam e se divertem, suas expressões, gírias e formas de comunicação que se tornam populares e as ideias e comportamentos que são considerados “descolados”.

Por outro lado, a moda também pode ser uma forma poderosa de expressão individual. Ao escolher suas roupas e a decoração da sua casa, as pessoas podem comunicar seus valores, seus gostos e sua personalidade. A moda é um fenômeno complexo e multifacetado. Ela pode ser tanto uma fonte de prazer e criatividade quanto uma força opressora. O importante é ter consciência dos seus impactos e fazer escolhas conscientes.

Em resumo, a moda é um reflexo da sociedade em constante transformação.

Apesar de ser um fenômeno cultural fascinante, a moda também pode exercer uma certa “tirania” sobre as pessoas. Essa tirania se manifesta na busca incessante pela aceitação pode levar as pessoas a se adaptarem a padrões de beleza e consumo que não são naturais ou saudáveis. A moda também incentiva a compra constante de novas peças, gerando um ciclo de consumo insustentável e desperdício de recursos. E nessa tentativa de se encaixar em um padrão pode levar à perda

E é sobre isso que quero falar, sobre a perda da individualidade e da autenticidade.

Está na moda? Uma pergunta que transcende as roupas

Há uns 30 anos, todos pintavam suas casas na cor branca com as janelas em outra cor contrastante. A minha rua inteira era uma monotonia só. Quando pintei a minha de rosa antigo, senti que houve um buchicho na rua, minhas amigas riram de mim, como se aquilo fosse algo muito estranho.  Não moro mais lá, mas sei que hoje a  rua está bem mais colorida.

É muito chato estar provando uma roupa  numa loja e ouvir a vendedora dizer: “está na moda, todo mundo está usando”. Pronto, se todo mundo usa, não quero mais essa roupa. Afinal, já passei da adolescência e não preciso mais ser igual a todo mundo para ser aceita. Essa modinha é muito chata: é um tal de “maria-vai-com-as-outras” irritante.

Decoração, então! Atualmente, você entra em uma casa e parece  estar num showroom. Falta graça, falta vida, falta a alma dos moradores. São casas totalmente sem personalidade. Pessoalmente, prefiro uma casa cafona, mas com a cara do dono, do que uma totalmente sem personalidade, no estilo bege, tamanho único.

Está na hora de reinventar, de ousar, de criar, de ficar atento a sua volta e ao  modo como você vive e consome. Precisamos ter mais a cultura do design, do faça você mesmo, do reaproveitamento e usar a moda como tendência a favor da nossa necessidade e não como puro modismo.

É muito bom ter um olhar diferente sobre os objetos. Reinventar seu uso, sem preconceito, sem a pretensão de mostrar ostentação, mas simplesmente de ser lindo ao seu olhar e apenas agradar a você. Afinal a casa é sua. Sinta-se livre para fazer como quiser.

Este post tem 6 comentários

  1. Anônimo

    5 stars
    Oi Léia, muito legal!!! Adorei a forma com que o design atende seus clientes, respeitando a individualidade de cada um. Acredito ser fundamental para agradar àquele que utilizará o ambiente no dia a dia. Gostaria de acrescentar também, que essa despretensão com o ter é essencial para que busquemos a conquista do SER, tão necessária para nosso crescimento como seres humanos. Obrigada, mais uma vez por compartilhar tuas buscas conosco, estão acrescentando muito no meu aprendizado. Beijos carinhosos, Sonia.

  2. 5 stars
    Entonces, não consegui ouvir, meu computador está mudo, mas entendi. Concordo com o que vc escreveu, temos muitas coisas em comum querida. Sobre reciclar, anos atrás ouvi uma de um amigo que eu adorei:"Silvana eu adoro ganhar presente usado". Ele me dizia que achava o máximo, no seu aniversário, receber surpreendentemente aquele objeto de casa, lenço usado, acessório, perfume usado, enfim "objeto de desejo" que sua amiga tinha e que agora ela generosamente o estava presenteando.Dar ao nosso amigo, o objeto de desejo dele que nos pertence,se podemos nos liberar ( abrir mão de DESEJO é perigoso hehheh) ou outra coisa que temos em casa que é assim a CARA do nosso amigo aniversariante não é mais ecológico, sustentável, menos capitalista, mais carinhoso, mais reciclável, mais, mais, mais???.Ai Léia eu não aguento mais tanto tudo, tanto consumismo, tanto exagero, tanta superficialidade .Tenho feito isto com minha mãe que costuma guardar muitas coisas. Já falei: "Pro meu aniversário nada de presente de loja hein? Uma dica: Que tal uma daqueles tuas lindas armações de óculos de graus, que estão ali na gaveta há anos. To super precisando" . Ai meu objeto de desejo pro meu aniversário já ta no papo hehehhee. Beijos P.S: Já que não vens aqui, que tal um café, com pão light num domingo a tarde na tua casa pra eu te levar uns objetos de desejos. Me convida né? beijinhos

    1. Léia

      5 stars
      Amiga estar contigo é sempre muito bom! bjsss

  3. 5 stars
    Te admiro muito pelo teu bom gosto e tua opinião! Muitas vezes acho q temos muito em comum (além do sangue)! O mundo precisa de mais mulheres assim como tu ???? um beijao!

    1. Léia Cook

      5 stars
      Oiiiinnnn que coisa mais carinhosa!!! Obrigada Bárbara, vc sempre com palavras doces…bjss e um bom dia pra vc

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Léia

Olá, eu sou a Léia, eu crio conteúdos caseiros, como receitas, decoração, diy, jardinagem, artesanato, organização e tudo que diz respeito ao universo do lar.