Estou muito feliz! Enfim, abri minha lojinha no site. Era um sonho antigo que eu estava adiando. No entanto, esta pandemia, com seu tempo vagaroso e longo, me impulsionou a começar. Foram meses de pesquisa e muito trabalho para que ela acontecesse. Esse processo criativo é sempre gostoso. É uma delícia todos os dias acordar com um objetivo e dedicar seu tempo a algo especial.
Eu queria algo que saísse do lugar comum. Estava cansada de ver panos de pratos com frases engraçadas. Queria algo mais moderno, mas que tivesse um valor agregado, que contasse um pouco da nossa história. Então, fui pesquisar e descobri um tesouro: inscrições rupestres no litoral catarinense. São inscrições que trazem uma porção da nossa história, com seus saberes, seus sentimentos e quereres. Afinal, aqui habitavam humanos. É uma universidade de vivências ancestrais escondida nos costões do litoral catarinense.
No vídeo abaixo, você poderá ver onde elas se encontram:
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Enfim, depois de muito aprendizado, de testes, de acertos, de erros e muitos helps da minha filha, Mila Cook (obrigada filhota), apresento a vocês a minha coleção de roupas para cozinha do Coisas da Léia. Ela foi inspirada nessas inscrições. São jogos americanos, bate mãos, panos de prato e guardanapos. Todos com o tecido “pintura ouro”, o melhor 100% algodão da Mabber. Os panos de prato são grandes e duram muito.
Além das roupas de cozinha, também há etiquetas adesivas para mantimentos e temperos, kit de limpeza e porta guardanapos em couro.
Um pouco da história das inscrições
Estes desenhos que vetorizei e que são inspirados nas inscrições rupestres encontradas no litoral catarinense estão entre as cidades de Florianópolis e de Garopaba. São do tipo petróglifos, feitos nas pedras por meio de abrasão e picoteamento, com, no máximo, 3 cm de profundidade.
Possuem características bastante particulares: são motivos abstratos, geométricos, representações humanas e, raramente, representações de animais. Claramente, há uma relação com a pesca. A repetição é mostrada como principal tipo de associação e é baixo o número de superposições.
Não existe uma data precisa, mas acredita-se que tenham sido feitas há entre 3 mil e 6 mil anos. Sobre o povo que fez essas inscrições, ainda é um mistério. Sabe-se apenas que, em Santa Catarina, viviam três culturas diferentes na mesma região: os caçadores e os coletores, os itararés e os carijós.
As gravuras rupestres encontradas no litoral catarinense são patrimônio Arqueológico e Paisagístico Nacional, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).