Mercearias de antigamente: um olhar para o passado

  • Categoria do post:Boas sensações
  • Tempo de leitura:5 minutos de leitura
  • Última modificação do post:20/10/2024
  • Comentários do post:12 comentários

As mercearias de antigamente eram muito mais do que simples lojas de conveniência. Eram verdadeiros centros comunitários, onde as pessoas não apenas faziam suas compras, mas também se encontravam, trocavam notícias e fortaleciam laços de vizinhança. Apesar da modernização do comércio, muitas pessoas sentem saudade das antigas mercearias. A simplicidade, o atendimento personalizado e o clima de comunidade eram características únicas desses estabelecimentos.

Mercearias de antigamente: Um olhar para o passado

Como eram as mercearias de antigamente:

  • O produtos eram vendidos a granel, açúcar, feijão, arroz, café… tudo era vendido a granel, em papéis ou sacos de papel. O cliente escolhia a quantidade desejada e o vendedor pesava na balança.
  • O dono da mercearia conhecia seus clientes por nome e sabia exatamente o que cada um precisava.
  • O atendimento era mais próximo e humano, com longas conversas e troca de receitas.
  • As mercearias não ofereciam a mesma variedade de produtos que os supermercados de hoje. No entanto, tinham tudo o que era essencial para o dia a dia.
  • Muitas mercearias ofereciam crédito aos seus clientes, anotando as compras em cadernos e cobrando no final do mês. Isso ajudava as famílias a administrar melhor seus orçamentos.
  • As mercearias eram locais de encontro para as pessoas da comunidade. Era comum os vizinhos se reunirem na porta da loja para bater papo enquanto esperavam suas compras.

Esse vídeo nostálgico mostra a Mercearia Paraopeba, lá de Itabirito/MG, me trouxe boas sensações e ainda resgatou a simplicidade que se perdeu nos corredores dos grandes supermercados.

Vídeo Rusty Marcellini

Lembrei dos tempos na minha pequena Urussanga, onde tínhamos na “Venda do Seu Lúcio” um dos poucos locais para comprar mantimentos de primeira necessidade. Que, naquela época, era suficiente para qualquer pessoa que morasse em uma cidade do interior. Arroz, feijão e milho eram dispostos em sacos grandes no chão onde, sem nenhuma cerimônia, enfiávamos as nossas mãozinhas de criança dentro deles para sentir o geladinho que havia lá embaixo.

E era em um caderninho de anotações, todo amarrotado, que nossas compras no fiado, eram marcadas. Naquela época, o nome e a palavra tinham valor e por isso ninguém deixava de pagar.

Lembro ainda, do pão enrolado em papel craft vermelho, das balas dispostas em saquinhos do mesmo papel, que antes de chegar em casa já tínhamos devorado todas. A maioria dos produtos eram comprados de produtores da região, somente alguns como açúcar, querosene e óleo é que vinham da cidade grande. Dessa forma, pequenos produtores da região eram valorizados. Locais assim, com história, que passa de pai para filho,  é algo que pouco se encontra hoje em dia, foram engolidos pelos grande redes de supermercados. Mas, como diz o dono da Mercearia Paraopeba Sr. José Augusto de Almeida: “Bons mestres, melhores discípulos”.

Que a Mercearia Paraopeba se perpetue por muitas e muitas gerações. Sempre desse mesmo jeitinho!

Mercearia Paraopeba: Bons mestres, melhores discípulos

Por que as mercearias perderam espaço para os supermercados?

  • Concentração de produtos: Os supermercados oferecem uma variedade muito maior de produtos, além de marcas e preços diferentes, facilitando a comparação.
  • Autosserviço: Nos supermercados, os clientes têm mais liberdade para escolher os produtos e fazer suas próprias compras, sem a necessidade de um vendedor.
  • Preços mais competitivos: A concorrência entre os supermercados faz com que os preços sejam mais baixos, atraindo um número maior de consumidores.

Este post tem 12 comentários

  1. 5 stars
    Saudades da vendinha no Cocal, quando passava as férias na casa da Nona…comprava balinhas na Mercearia.beijos

    1. Léia

      5 stars
      Eu tb, vinha sempre com o saquinho cheiro de balinhas coloridas.

  2. 5 stars
    Oi Léia. Não sabia do seu blog. Gostei muito. Foi um passeio muito agradável por ele. Estarei sempre aqui a cada nova postagem.Um abraço!

    1. Léia

      5 stars
      Que legal que vc gostou, seja bem-vindo sempre tenho novos posts por aqui.

  3. Gislene

    5 stars
    Isso me fez lembrar da venda do seu Manuel, um senhor baiano que vendia fiado no meu bairro. O esquema era o mesmo : marcava na caderneta e no fim do mês pagávamos … Era uma época mais difícil, não dava pra comprar tudo que queria e não havia tanta variedade como hoje … Por isso que éramos mais esbeltos . Muito poéticas esses tipos de mercearias, vendas … Me trouxe nostalgia de um tempo que não volta mais …

    1. Léia Cook

      5 stars
      Oi tb Gislene, me deu uma nostalgia incrível, já vi umas 4 vezes esse vídeo.

      bjsss

  4. 5 stars
    Você proporcionou não só uma viagem no tempo, mas também a grata constatação de que ainda existe esse tempo. Valeu Leia!

    1. Léia Cook

      5 stars
      Realmente é uma delícia ver que alguém ainda preserva esse tipo de comércio….bjss e boa semana

  5. Léia Losso

    5 stars
    Que Post delicioso de ler!!
    Revivi uma época maravilhosa da minha vida!
    Coisasdaleia e suas maravilhas!!

    1. Léia

      Sim, é um post gostoso de ler…revivemos a nossa infância…bjss querida e obrigada

  6. Cristiane Cardoso

    5 stars
    Lembro de ir buscar leite na venda do Lila. Levava de casa uma leiteira de alumínio vazia, que ia chacoalhando feliz. Voltava devagar para não derramar o leite pelo caminho. Pedia para anotar o valor no caderninho e minha mãe pagava no final do mês. A cereja do bolo era pegar bala do baleiro. Para escolher tinha que girá-lo e fazia um barulho agudo.

    1. Léia

      Aquelas balinhas com florzinha no meio ou os pirulitos pendurados…adorava…bjsss

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Léia

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